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Campinas, São Paulo, Brazil
Psicólogo Clínico Junguiano com formação pela Unicamp, terapia corporal Reichiana, Hipnoterapeuta com formação em Hipnose Ericksoniana com Stephen Gilligan.E outras formações com Ericksonianos: Ernest Rossi, Teresa Robles, Betty Alice Erickson. Formação em Constelação Familiar Sistémica pelo Instituto de Filosofia Prática da Alemanha. Uma rica e inovadora terapia divulgada em toda Europa. Professor de Hipnoterapia, além de ministrar cursos de Auto-conhecimento como Eneagrama da Personalidade e Workshop de Constelação Familiar Sistémica em todo o Brasil. Clínica em Campinas-SP. Rua Pilar do Sul, 173 Chácara da Barra. Campinas-SP F.(19) 997153536

Uma relação de ajuda

Como é bela, intensa e libertadora é a experiência de se aprender a ajudar o outro. É impossível descrever-se a necessidade imensa que têm as pessoas de serem realmente ouvidas, levadas a sério, compreendidas.
A psicologia de nossos dias nos tem, cada vez mais, chamado a atenção para esse aspecto. Bem no cerne de toda psicoterapia permanece esse tipo de relacionamento em que alguém pode falar tudo a seu próprio respeito, como uma criança fala tudo "a sua mãe.
Ninguém pode se desenvolver livremente nesse mundo, sem encontrar uma vida plena, pelo menos...
Aquele que se quiser perceber com clareza deve se abrir a um confidente, escolhido livremente e merecedor de tal confiança.
Ouça todas a conversas desse mundo, tanto entre nações quanto entre casais. São, na maior parte, diálogos entre surdos.
Paul Tournier.

sábado, 31 de dezembro de 2011

Crescimento Psicológico

Reich definiu crescimento como o processo de dissolução da nossa couraça psicológica e física, tornando-nos, gradualmente, seres humanos mais livres, abertos e capazes de gozar um orgasmo pleno e satisfatório.
Reich achava que a couraça muscular está organizada em sete principais segmentos de armadura, que são compostos de músculos e órgãos com funções expressivas relacionadas. Estes segmentos formam uma série de sete anéis mais ou menos horizontais, em ângulos retos com a espinha e o torso. Os principais segmentos da couraça estão centrados nos olhos, boca, pescoço, tórax, diafragma, abdome e pelve.
De acordo com Reich, a Energia Orgônica flui naturalmente por todo o corpo, de cima a baixo, paralela à espinha. Os anéis da couraça se formam em ângulo reto com este fluxo e operam para rompê-lo. Reich afirma que não é por acaso que na cultura ocidental aprendemos a dizer sim movendo a cabeça para cima e para baixo, na direção do fluxo de energia do corpo, enquanto que aprendemos a dizer não movendo a cabeça de um lado para o outro, na direção transversa da couraça.
A couraça serve para restringir tanto o livre fluxo de energia como a livre expressão de emoções do indivíduo. O que começa inicialmente como defesa contra sentimentos de tensão e ansiedade excessivos torna-se uma camisa-de-força física e emocional. No organismo humano encouraçado, a Energia Orgônica é presa nos espasmos musculares crônicos.
Após a perda de um anel da couraça, o orgon do corpo não começa de imediato a correr livremente. Logo que os primeiros blocos da couraça são dissolvidos, nós descobrimos que, com os fluxos e as sensações orgônicas, a expressão do "dar" se desenvolve cada vez mais. Entretanto, couraças ainda existentes evitam seu desenvolvimento total.
A terapia reichiana consiste em dissolver cada segmento da couraça, começando pelos olhos e terminando nas pelves. Cada segmento é uma unidade mais ou menos independente com a qual se precisa lidar separadamente.
Três instrumentos principais são usados para dissolver a couraça:
1. Armazenamento de energia no corpo por meio de respiração profunda;
2. Ataque direto dos músculos cronicamente tensos (por meio de pressão, beliscões e assim por diante) a fim de soltá-los;
3. Manutenção da cooperação do paciente lidando abertamente com quaisquer resistências ou restrições que emergem.
1- Os olhos
A couraça dos olhos é expressa por uma imobilidade da testa e uma expressão "vazia" dos olhos, que nos vêem por detrás de uma rígida máscara. A couraça é dissolvida fazendo-se com que os pacientes abram bem seus olhos, como se estivessem com medo, a fim de mobilizar as pálpebras e a testa, forçando uma expressão emocional e encorajando o movimento livre dos olhos, fazer movimentos circulares com os olhos e olhar de lado a lado.
2 - A Boca
O segmento oral inclui os músculos do queixo, garganta e a parte de trás da cabeça. O maxilar pode ser excessivamente preso ou frouxo de forma antinatural. As expressões emocionais relativas ao ato de chorar, morder com raiva, gritar, sugar e fazer caretas são todas inibidas por este segmento. A couraça pode ser solta encorajando-se o paciente a imitar o choro, a produzir sons que mobilizem os lábios, a morder e a vomitar e pelo trabalho direto com os músculos envolvidos.
3 - O Pescoço
Este segmento inclui os músculos profundos do pescoço e também a língua. A couraça funciona principalmente para segurar a raiva ou o choro. Pressão direta sobre os músculos profundos do pescoço não é possível, portanto, gritar, berrar e vomitar são meios importantes para soltar este segmento.
4 - O Tórax
Este segmento inclui os músculos longos do tórax, os músculos dos ombros e da omoplata, toda a caixa torácica, as mãos e os braços. Ele serve para inibir o riso, a raiva, a tristeza e o desejo. A inibição da respiração, que é um meio importante de suprimir toda emoção, ocorre em grande parte no tórax. A couraça pode ser solta através do trabalho com respiração, especialmente o desenvolvimento da expiração completa. Os braços e as mãos são dos para bater, rasgar, sufocar, triturar e entrar em contato com o desejo.
5 - O Diafragma
Este segmento inclui o diafragma, estômago, plexo solar, vários órgãos internos e músculos ao longo das vértebras torácicas baixas. A couraça é expressa por uma curvatura da espinha para frente, de modo que há um espaço considerável entre a parte de baixo das costas do paciente e o colchão. É muito mais difícil expirar do que inspirar. A couraça inibe principalmente a raiva extremada. Os quatro primeiros segmentos devem estar mais ou menos livres antes que o diafragma possa ser solto através do trabalho repetido com respiração e reflexo do vômito (pessoas com bloqueio intenso neste segmento acham virtualmente impossíveis vomitar).
6 - O Abdome
O segmento abdominal inclui os músculos abdominais longos e os músculos das costas. Tensão nos músculos lombares está ligada ao medo de ataque. A couraça nos flancos de uma pessoa produz instabilidade e relaciona-se com a inibição do rancor. A dissolução da couraça, neste segmento, é relativamente simples, desde que os segmentos mais altos estejam abertos.
7 - A Pelve
Este segmento contém todos os músculos da pelve e membros inferiores. Quanto mais intensa a couraça, mais a pelve é puxada para trás e saliente nesta parte. Os músculos glúteos são tesos e doloridos, a pelve é rígida, "morta" e assexual. A couraça pélvica serve para inibir a ansiedade e a raiva, bem como o prazer.
A ansiedade e a raiva resultam das inibições das sensações de prazer sexual, e é impossível experienciar livremente o prazer nesta área até que a raiva tenha sido liberada dos músculos pélvicos. A couraça pode ser solta primeiramente mobilizando a pelve e fazendo com que o paciente chute os pés repetidas vezes e também bata no colchão com sua pelve.
Reich descobriu que à medida que seus pacientes começavam a desenvolver capacidade para plena entrega genital, toda sua existência e estilo de vida mudavam basicamente. Achava Reich que a unificação do reflexo do orgasmo também restaurava as sensações de profundidade e seriedade. Os pacientes lembram-se do tempo da sua primeira infância, quando a unidade de suas sensações corporais não estava perturbada.
Tomados de emoção, falam do tempo em que, crianças, sentiam-se identificados com a natureza e com tudo que os rodeava, do tempo em que se sentiam "vivos" e como finalmente tudo isto fora despedaçado e esmagado pela educação.
Estes indivíduos começavam a sentir que a rígida moralidade da sociedade, que anteriormente reconheciam como certa, era uma coisa estranha e antinatural. Atitudes em relação ao trabalho também mudavam de forma nítida.
Aqueles que faziam seu trabalho como uma necessidade mecânica, via de regra largavam seus empregos para procurar um trabalho novo e vital que preenchesse suas necessidades e desejos interiores. Aqueles que já estavam interessados em sua profissão, muitas vezes desabrochavam com energia, interesses e habilidades novas.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Energia Orgânica

Aos poucos Reich estendeu seu interesse pelo funcionamento físico dos pacientes à pesquisa de laboratório em Fisiologia e Biologia e, finalmente dedicou-se à pesquisa em Física. Ele chegou a acreditar que a bioenergia no organismo individual não é nada mais do que um aspecto de uma energia universal, presente em todas as coisas. Ele derivou o termo energia "orgônica" a partir de organismo e orgasmo. Dizia que a Energia Orgônica cósmica funciona no organismo vivo como energia biológica específica. Assim sendo, governa o organismo total e se expressa nas emoções e nos movimentos puramente biofísicos dos órgãos.
A extensiva pesquisa de Reich sobre Energia Orgônica e tópicos relacionados à ela foi ignorada ou repudiada pela maioria dos cientistas. Seus achados contradizem muitos axiomas e teorias estabelecidas pela Física e Biologia, e é certo que o trabalho de Reich não deixa de ter falhas experimentais. Entretanto, sua pesquisa nunca foi rejeitada ou mesmo revista com cuidado e seriamente criticada por qualquer crítico científico respeitável.
Desde que Reich anunciou a descoberta da Energia Orgônica até hoje, nenhuma repetição bem intencionada de qualquer experimento crítico em Energia Orgônica foi divulgada, confirmando ou refutando seus resultados. Apesar do ridículo, da difamação e das tentativas de se repudiar Reich e sua orgonomia, não existe nenhuma contra-evidência de seus experimentos em qualquer publicação científica, muito menos uma refutação sistemática dos trabalhos científico que sustentam sua posição.
Segundo Reich, a Energia Orgônica teria as seguintes propriedades principais:
1. A Energia Orgônica é livre de massa; não tem inércia nem peso.
2. Está presente em qualquer parte, embora em concentrações diferentes, até mesmo num vácuo.
3. É o meio para a atividade eletromagnética e gravitacional, o substrato da maioria dos fenômenos naturais básicos.
4. A Energia Orgônica está em constante movimento e pode ser observada sob condições apropriadas.
5. Altas concentrações de Energia Orgônica atraem a Energia Orgônica de ambientes menos concentrados (o que contradiz a lei da entropia).
6. A Energia Orgônica forma unidades que se tornam o centro da atividade criativa. Estas incluem células, plantas e animais, e também nuvens, planetas, estrelas e galáxias.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Bioenergia

Em seu trabalho sobre Couraça Muscular, Reich descobriu que a perda da rigidez crônica dos músculos resultava freqüentemente em sensações físicas particulares, em sentimentos de calor e frio, formigamento, coceira e uma espécie de despertar emocional. Ele concluiu que essas sensações eram devidas a movimentos de uma energia vegetativa ou biológica liberada.
Reich também descobriu que a mobilização e a descarga de bioenergia são estágios essenciais no processo de excitação sexual e orgasmo. Ele chamou a isto de Fórmula do Orgasmo, um processo de quatro partes o qual Reich julgava ser característico de todos os organismos vivos.

Tensão Mecânica Carga Bioenergética Descarga Bioenergética Relaxamento Mecânico
Depois do contato físico, a energia se acumula em ambos os corpos e, por fim, é descarregada no orgasmo, o qual se constitui essencialmente num fenômeno de descarga da bioenergia. O ato sexual teria a seguinte seqüência:
1. Órgãos sexuais se entumecem de fluido - tensão mecânica
2. Resulta uma intensa excitação - carga bioenergética.
3. Excitação sexual descarregada em contrações musculares - descarga bioenergética.
4. Segue-se um relaxamento físico - relaxamento mecânico

terça-feira, 27 de setembro de 2011

O Caráter Genital

O termo Caráter Genital foi usado por Freud para indicar o último estágio do desenvolvimento psicossexual. Reich adotou-o para se referir especificamente à pessoa que adquiriu potência orgástica. Para ele a potência orgástica era a capacidade de abandonar-se, livre de quaisquer inibições, ao fluxo de energia biológica, era a capacidade de descarregar completamente a excitação sexual reprimida por meio de involuntárias e agradáveis convulsões do corpo.
Reich descobriu que assim que seus pacientes renunciavam à sua couraça e desenvolviam potência orgástica, muitas áreas de funcionamento neurótico mudavam de forma espontânea. No lugar de rígidos controles neuróticos, os indivíduos desenvolviam uma capacidade para auto-regulação. Reich descreveu indivíduos auto-reguladores como natural mais do que morais. Eles agem em termos de suas próprias inclinações e sentimentos internos, ao invés de seguirem algum código externo ou ordens pré-estabelecidas por outros.
Depois da terapia reichiana, muitos pacientes que antes eram neuroticamente promíscuos, desenvolviam grande ternura e sensibilidade e procuraram, de forma espontânea, relacionamentos mais duráveis e realizadores. Os (as) pacientes cujos casamentos eram estéreis e sem amor, descobriram na terapia reichiana que já não poderiam mais ter relações sexuais por um mero senso de obrigação.
Os caracteres genitais não estão aprisionadas em suas couraças e defesas psicológicas. Eles são capazes de se encouraçar, quando necessário, contra um ambiente hostil. Entretanto, sua couraça é feita mais ou menos conscientemente e pode ser dissolvida quando não houver mais necessidade dela.
Reich escreveu que caracteres genitais trabalharam sobre o complexo de Édipo, de maneira que o material edipiano já não é mais tão intensamente carregado ou reprimido. O superego, para ele, torna-se "sexo-afirmativo", portanto o Id e o Superego passam a estar em harmonia. O Caráter Genital é capaz de experimentar livre e plenamente o orgasmo sexual, descarregando por completo toda libido excessiva. Dessa forma, o orgasmo, o clímax da atividade sexual, seria caracterizado pela entrega à experiência sexual e pelo movimento desinibido, involuntário, ao contrário dos movimentos forçados ou até violentos dos indivíduos encouraçados.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A Couraça Muscular

Reich descobriu que cada atitude de caráter tem uma atitude física correspondente e que o caráter do indivíduo é expresso corporalmente sob a forma de rigidez muscular ou couraça muscular. Reich começou a trabalhar, então, no relaxamento da couraça muscular. Ele descobriu que a perda da couraça muscular libertava energia libidinal e auxiliava o processo de psicanálise. O trabalho psiquiátrico de Reich lidava cada vez mais com a libertação de emoções (prazer, raiva, ansiedade) através do trabalho com o corpo. Ele descobriu que isto conduzia a uma vivência muito mais intensa do que o material infantil trabalhado pela psicanálise.
Reich começou, primeiramente, com a aplicação de técnicas de análise de caráter e das atitudes físicas. Ele analisava em detalhes a postura de seus pacientes e seus hábitos físicos a fim de conscientizá-los de como reprimiam sentimentos vitais em diferentes partes do corpo. Fazia os pacientes intensificarem uma tensão particular a fim de tornarem-se mais conscientes dela e de aliviar a emoção que havia sido presa naquela parte do corpo. Ele descobriu que só depois que a emoção assim "engarrafada" fosse expressa, é que a tensão crônica poderia ser aliviada por completo. Aos poucos, Reich começou a trabalhar diretamente com suas mãos sobre os músculos tensos a fim de soltar ás emoções presas a eles.
Em seu trabalho sobre couraça muscular, Reich descobriu que tensões musculares crônicas servem ara bloquear uma das três excitações biológicas: ansiedade, raiva ou excitação sexual. Ele concluiu que a couraça física e a psicológica eram essencialmente a mesma coisa. Com esse raciocínio, as couraças de caráter eram vistas agora como equivalentes à hipertonia muscular.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A Couraça Caracterológica

Reich sentia que o caráter se forma como uma defesa contra a ansiedade criada pelos intensos sentimentos sexuais da criança e o conseqüente medo da punição. A primeira defesa contra este medo é o Mecanismo de Defesa do Ego conhecido por repressão, o qual refreia os impulsos sexuais por algum tempo. À medida que as Defesas do Ego se tornam cronicamente ativas e automáticas, elas evoluem para traços ou couraça caracterológica.
Esse conceito de couraça caracterológica de Reich inclui a soma total de todas as forças defensivas repressoras organizadas de forma mais ou menos coerente dentro do próprio ego. Para ele, o desenvolvimento de um traço neurótico de caráter indicaria a solução de um problema reprimido ou, por outro lado, ele torna o processo de repressão desnecessário ou transforma a repressão numa formação relativamente rígida e aceita pelo ego.
Assim pensando, Reich afirma que os traços de caráter neuróticos não são a mesma coisa que sintomas neuróticos. A diferença entre esses traços neuróticos e os sintomas neuróticos repousa no fato de que sintomas neuróticos, tais como os medos, fobias, etc., são experienciados como estranhos ao indivíduo, como elementos exteriores à psique, enquanto que traços de caráter neuróticos (ordem excessiva ou timidez ansiosa, por exemplo) são experimentados como partes integrantes da personalidade.
A pessoa pode se queixar do fato de ser tímida, mas esta timidez não parece ser significativa ou patológica como são os sintomas neuróticos. As defesas de caráter são particularmente efetivas e, além disso, difíceis de erradicarem pelo fato de serem bem racionalizadas pelo indivíduo e experimentadas como parte de seu auto-conceito.
Reich se esforçou continuamente para tornar seus pacientes mais conscientes de seus traços neuróticos de caráter. Ele imitava com freqüência suas características, gestos ou posturas, ou fazia com que seus pacientes repetissem ou exagerassem uma faceta habitual do comportamento, por exemplo, um sorriso nervoso. À medida que os pacientes cessavam de tomar como certa sua constituição de caráter, aumentava sua motivação para mudar.
 

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Caráter

De acordo com Reich, o caráter é composto das atitudes habituais de uma pessoa e de seu padrão consistente de respostas para várias situações. Inclui atitudes e valores conscientes, estilo de comportamento (timidez, agressividade e assim por diante) e atitudes físicas (postura, hábitos de manutenção e movimentação do corpo).
O conceito de caráter já havia sido discutido anteriormente por Freud, em sua obra Caráter e Erotismo Anal. Reich elaborou este conceito e foi o primeiro analista a tratar pacientes pela interpretação da natureza e função de seu caráter, ao invés de analisar seus sintomas.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

História Pessoal

Wilhelm Reich, nascido em 1897 na Galícia, foi o fundador do que poderíamos chamar de psicoterapia orientada para o corpo. Em seu trabalho Reich veio, gradualmente, enfatizar a importância de lidar-se com os aspectos físicos do caráter de um indivíduo, em especial os modelos de tensão muscular crônica, que ele chamou de couraça muscular. Ele estava também interessado no papel que a sociedade desempenha na criação de inibições dos instintos - em particular os sexuais - do indivíduo.
Em seu trabalho sobre couraça muscular, Reich descobriu que a perda da rigidez crônica dos músculos resultava frequentemente em sensações físicas particulares - sentimentos de calor e frio, formigamento, coceira e um "despertar" emocional. Ele concluiu que essas sensações eram devidas a movimentos de uma energia vegetativa ou biológica liberada.
Reich acreditava que a bioenergia no organismo individual não é nada mais do que um aspecto de uma energia universal, presente em todas as coisas. Ele derivou o termo energia "orgônica" a a partir do organismo e orgasmo. Assim sendo, a energia orgônica governa o organismo total e se expressam nas emoções e nos movimentos puramente biofísicos dos órgãos, tornando-se o centro da atividade criativa. O que se segue são links interessantes para conhecer-se um pouco melhor sobre energia orgônica e a psicologia do corpo.
Reich dava grande ênfase à importância de desenvolver uma livre expressão de sentimentos sexuais e emocionais dentro do relacionamento amoroso maduro. Reich enfatizou a natureza essencialmente sexual das energias com as quais lidava e descobriu que a bioenergia era bloqueada de forma mais intensa na área pélvica de seus pacientes. Ele chegou a acreditar que a meta da terapia deveria ser a libertação dos bloqueios do corpo e a obtenção de plena capacidade para o orgasmo sexual, o qual sentia estar bloqueado na maioria dos homens e das mulheres.As opiniões radicais de Reich a respeito de sexualidade resultaram em consideráveis equívocos e distorções de seu trabalho por autores futuros e, conseqüentemente, despertaram muitos ataques difamatórios e infundados. Se interessou muito pela sexualidade humana.
Quando era jovem estudante de Medicina, Reich visitou Freud pela primeira vez para procurar ajuda a fim de organizar um seminário sobre sexologia na escola médica que ele freqüentava . Além disso, a principal atividade política de Reich consistia em ajudar a fundar clínicas de higiene sexual patrocinadas pelos comunistas para a classe trabalhadora, na Austria e na Alemanha.
As idéias de Reich e suas clínicas eram muito controvertidas para a época e seu programa de para as clínicas de orientação sexual incluía características modernas ainda hoje. Entre seus tópicos destacavam-se:
1. Livre distribuição de anticoncepcionais para qualquer pessoa e educação intensiva para o controle da natalidade.
2. Completa abolição das proibições com relação ao aborto.
3. Abolição da distinção legal entre casados e não-casados; liberdade de divórcio.
4. Eliminação de doenças venéreas e prevenção de problemas sexuais através da educação sexual.
5. Treinamento de médicos, professores etc., em todas as questões relevantes da higiene sexual.
6. Tratamento, ao invés de punição, para agressões sexuais.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Psicoterapia Reichiana

A bioenergética é uma maneira de compreender a personalidade em função do corpo e de seus processos energéticos. Ela é também uma forma de terapia que combina o trabalho corporal com a mente para ajudar as pessoas a compreenderem   seus problemas emocionais e concretizarem o mais que puderem seu potencial para o prazer e a alegria de viver.
A pessoa experiência a realidade do mundo somente por meio do seu corpo. O meio ambiente exterior lhe provoca impressões que se manifesta sobre seu corpo e afeta seus sentimentos. Em troca, a pessoa reage à estimulação agindo sobre o meio ambiente.   Se o corpo é relativamente sem vida, as impressões e reações da pessoa são diminuídas. Quanto mais vivo o corpo, mais   vividamente ela percebe a realidade e mais ativamente reage a esta.   Todos nós já tivemos a experiência de que, quando nos sentimos particularmente bem e vivos, percebemos o mundo de forma mais aguçada. Em estados depressivos o mundo parece descolorido.
A vividez do corpo denota a sua capacidade de sentir. Na ausência de sentimento, o corpo fica “morto”, ao menos no que se refere à sua habilidade de ser impressionado pelas situações e reagir a elas.   A pessoa emocionalmente morte está voltada para dentro: pensamentos e fantasias substituem o sentimento e a ação; imagens compensam a perda da realidade. Sua atividade mental exagerada substitui o contato com o mundo real, e pode criar a falsa impressão de estar vivo. Apesar dessa atividade mental, seu estado de morte emocional manifesta-se fisicamente.   Nós acabaremos descobrindo que este corpo tem aparência de “morto”, que lhe falta vida.
O trabalho corporal da Bioenergética inclui tanto procedimentos de manipulação como exercícios especiais.
Se uma pessoa está bloqueada na sua habilidade de expressar sensações e sentimentos, estará amortecendo seu corpo e reduzindo sua vitalidade.
Em terapia, devem ser encontrados caminhos para ajudar essa pessoa a tornar-se livre para poder expressar seus sentimentos e sensações.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Terapia centrada no cliente

O cliente tem a chave de sua recuperação mas o terapeuta deveria ter determinadas qualidades pessoais que ajudam o cliente a aprender como usar tais chaves. Estes poderes dentro do cliente, tornar-se-ão efetivos se o terapeuta puder estabelecer com o cliente um relacionamento de aceitação e compreensão suficientemente caloroso. Antes do terapeuta ser qualquer coisa para o cliente, ele deve ser autêntico, genuíno, e não estar desempenhando um papel, especialmente o de um terapeuta, quando está com o cliente. Isto envolve a vontade de ser e expressar com minhas próprias palavras e meus comportamentos, os diversos sentimentos e atitudes que existem em mim. Isto significa que se precisa, na medida do possível, perceber os próprios sentimentos, ao invés de apresentar uma fachada externa de uma atitude enquanto na verdade mantém se outra.
Terapeutas que estão se formando em terapia centrada no cliente por vezes perguntam, "como se comportar se não gostamos do paciente ou se estamos aborrecidos ou bravos?" Não serão estes sentimentos genuínos justamente os que ele desperta em todas as pessoas que ofende? A resposta centrada no cliente a estas questões envolve diversos níveis de compreensão. Em um nível, o terapeuta serve como modelo de uma pessoa autêntica. O terapeuta oferece ao cliente um relacionamento através do qual este pode testar sua própria realidade. Se o cliente confia que vá receber uma resposta honesta, pode descobrir se suas antecipações ou defesas são justificadas. O cliente pode aprender a esperar uma reação real, não distorcida ou diluída, à sua busca interior. Este teste de realidade é crucial se o cliente quer se afastar das distorções e experienciar a si mesmo de modo direto.
Num outro nível, o terapeuta centrado no cliente proporciona uma relação de ajuda enquanto aceita e é capaz de manter uma consideração positiva incondicional. Rogers a define como uma preocupação que não é possessiva, que não exige qualquer favor pessoal. É simplesmente uma atmosfera que demonstra, "eu preocupo-me", e não "eu preocupo-me consigo se se comportar desta ou daquela maneira". Não é uma avaliação positiva porque toda avaliação é uma forma de julgamento moral. A avaliação tende a restringir o comportamento respeitando algumas coisas e punindo outras; a consideração positiva incondicional permite à pessoa ser realmente o que é, não importando o que possa ser.
Esta atitude aproxima-se daquilo que Maslow denomina amor taoístico, um amor que não faz julgamento prévio, que não restringe nem define. É a promessa de aceitar alguém simplesmente como ele revela ser. Para fazer isto, um terapeuta centrado no cliente deve ser sempre capaz de ver o centro auto-atualizador do cliente e não os comportamentos destrutivos, prejudiciais e ofensivos. Se puder reter uma consciência da essência positiva do indivíduo poder-se-á ser autêntico com tal pessoa, ao invés de ficar aborrecido, irritado ou bravo com expressões particulares de sua personalidade. Esta atitude é similar à dos mestres espirituais da tradição oriental que, vendo o divino em todos os homens, podem tratar a todos com igual respeito e compaixão.
O terapeuta centrado no cliente mantém uma certeza de que a personalidade interior, e talvez não desenvolvida do cliente, é capaz de entender a si mesma. Na prática, isto é extremamente difícil. Terapeutas rogerianos admitem que são, com freqüência, incapazes de manter esta qualidade de compreensão quando trabalham.
A aceitação pode ser uma mera tolerância, uma postura não julgadora que pode ou não incluir uma real compreensão. Esta aceitação é inadequada. A consideração positiva incondicional deve incluir também uma compreensão empática, captar o mundo particular do cliente como se fosse o seu próprio mundo, mas sem nunca esquecer esse caráter de "como se". Esta nova dimensão permite ao cliente maior liberdade para explorar sentimentos internos. O cliente está certo de que o terapeuta fará mais do que aceitá-lo, pois está engajado de maneira ativa na tentativa de sentir as mesmas situações dentro de si próprio.
O critério final para um bom terapeuta é que ele deve possuir a habilidade para comunicar esta compreensão ao cliente. O cliente precisa saber que o terapeuta é autêntico, preocupa-se, ouve e compreende de fato. É necessário que o terapeuta seja claro apesar das distorções seletivas do cliente, das subcepções de ameaça e dos efeitos danosos de uma auto-consideração mal colocada. Desde que esta ponte entre terapeuta e cliente seja estabelecida, o cliente pode começar a trabalhar a sério.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Emoções

O indivíduo saudável toma consciência de suas emoções, sejam ou não expressas. Sentimentos negados à consciência distorcem a percepção e a reação às experiências que os desencadearam.
Um caso específico é sentir ansiedade sem tomar conhecimento da causa. A ansiedade aparece quando uma experiência que ocorreu, se admitida na consciência, poderia ameaçar a auto-imagem. A reação inconsciente a estas subcepções alerta o organismo para possíveis perigos e acarreta mudanças psicofisiológicas. Estas reações defensivas são uma forma do organismo manter crenças e comportamentos incongruentes. Uma pessoa pode agir com base nestas subcepções sem tomar consciência do por quê está agindo assim.
Por exemplo, um homem pode sentir-se desconfortável ao ver homossexuais declarados. A informação que tem de si mesmo incluiria o desconforto, mas não mencionaria sua causa. Ele não poderia admitir seu próprio interesse, sua identidade sexual não resolvida, ou talvez as expectativas e medos que tem a respeito de sua própria sexualidade. Distorcendo suas percepções ele pode, em compensação, reagir com hostilidade aberta a homossexuais, tratando-os como uma eterna ameaça ao invés de admitir seu conflito interno.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Obstáculos ao crescimento

Rogers sugere que os obstáculos aparecem na infância e são aspectos normais do desenvolvimento. O que a criança aprende em um estágio como benéfico deve ser reavaliado nos estágios posteriores: Motivos que predominam na primeira infância mais tarde podem inibir o desenvolvimento da personalidade.
Quando a criança começa a tomar consciência do Self, desenvolve uma necessidade de amor ou de consideração positiva. Esta necessidade é universal, considerando-se que ela existe em todo ser humano e que se faz sentir de uma maneira contínua e penetrante. A teoria não se preocupa em saber se é uma necessidade inata ou adquirida. Uma vez que as crianças não separam suas ações de seu ser total, reagem à aprovação de uma ação como se fosse aprovação de si mesma. Da mesma forma, reagem à punição de um ato como se estivessem sendo desaprovadas em geral.
O amor é tão importante para a criança que ela acaba por ser guiada, não pelo caráter agradável ou desagradável de suas experiências e comportamentos, mas pela promessa de afeição que elas encerram. A criança começa a agir da forma que lhe garante amor ou aprovação, sejam os comportamentos saudáveis ou não para ela. As crianças podem agir contra seu próprio interesse, chegando a se perceber em termos destinados, a princípio, a agradar ou apaziguar os outros. Teoricamente esta situação poderia não se desenvolver se a criança sempre se sentisse aceita e houvesse aprovação dos sentimentos mesmo que alguns comportamentos fossem inibidos. Em tal situação ideal a criança nunca seria pressionada a se despojar ou repudiar partes não atraentes mas autênticas de sua personalidade.
Comportamentos ou atitudes que negam algum aspecto do Self são chamados de condições de valor. Quando uma experiência relativa ao eu é procurada ou evitada unicamente porque é percebida como mais ou menos digna de consideração de si, diz Rogers que o indivíduo adquiriu um modo de avaliação condicional. Condições de valor são os obstáculos básicos à exatidão da percepção e à tomada de consciência realista.
Há vendas e filtros seletivos destinados a assegurar um suprimento interminável de amor da parte dos parentes e dos outros. Acumulamos certas condições, atitudes ou ações cujo cumprimento sente necessário para permanecermos dignos. Na medida em que essas atitudes e ações são idealizadas, elas constituem áreas de incongruência pessoal. De forma extrema, as condições de valor são caracterizadas pela crença de que "preciso ser respeitado ou amado por todos aqueles com quem estabeleço contato".
As condições de valor criam uma discrepância entre o Self e o auto-conceito. Para mantermos uma condição de valor temos que negar determinados aspectos de nós mesmos.
Por exemplo, se falaram "Você deve amar seu irmãozinho recém-nascido, senão mamãe não gosta mais de você", a mensagem é a de que você deve negar ou reprimir seus sentimentos negativos genuínos em relação a ele. Se você conseguir esconder sua vontade maldosa, seu desejo de machucá-lo e seu ciúme normal, sua mãe continuará a amá-lo. Se a pessoa admitir que tem tais sentimentos, se arriscará a perder o amor. Uma solução que cria uma condição de valor é rejeitar tais sentimentos sempre que ocorram, bloqueando-os de sua consciência. Agora a pessoa pode reagir de formas tais como: "Eu realmente amo meu irmãozinho, apesar das vezes em que o abraço tanto até ele gritar" ou, "Meu pé escorregou sob o seu, eis porque ele tropeçou".
Posso ainda lembrar-me da enorme alegria demonstrada por meu irmão mais velho quando lhe foi dada uma oportunidade de bater em mim por algo que fiz. Minha mãe, meu irmão e eu ficamos todos assustados com sua violência. Ao recordar o incidente, meu irmão lembrou-se de que ele não estava especialmente bravo comigo, mas que havia compreendido que aquela era uma rara ocasião e queria descarregar toda a maldade possível enquanto tinha permissão. Admitir tais sentimentos e permitir-lhes alguma expressão e, quando ocorrem é mais saudável, segundo Rogers, do que rejeitá-los ou aliená-los.
Quando a criança amadurece, o problema persiste. O crescimento é impedido na medida em que a pessoa nega impulsos diferentes do auto-conceito artificialmente "bom". Para sustentar a falsa auto-imagem a pessoa continua a distorcer experiências, quanto maior a distorção maior a probabilidade de erros e da criação de novos problemas. Os comportamentos, os erros e a confusão que resultam dão manifestações de distorções iniciais mais fundamentais. E a situação realimenta-se a si mesma. Cada experiência de incongruência entre o Self e a realidade aumenta a vulnerabilidade, a qual, por sua vez, ocasiona o aumento de defesas, interceptando experiências e criando novas ocasiões de incongruência.
Por vezes as manobras defensivas não funcionam. A pessoa toma consciência das discrepâncias óbvias entre os comportamentos e as crenças. Os resultados podem ser pânico, ansiedade crônica, retraimento ou mesmo uma psicose. Rogers observou que o comportamento psicótico parece ser muitas vezes a representação externa de um aspecto anteriormente negado da experiência.
Em 1974 Perry corrobora essa idéia, apresentando evidência de que o episódio psicótico é uma tentativa desesperada da personalidade de se reequilibrar e permitir a realização de necessidades e experiências internas frustradas. A terapia centrada no cliente esforça-se por estabelecer uma atmosfera na qual condições de valor prejudiciais possam ser postas de lado, permitindo, portanto, que as forças saudáveis de uma pessoa retomem sua dominância original. Uma pessoa recupera a saúde reivindicando suas partes reprimidas ou negadas.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Crescimento psicológico

As forças positivas em direção à saúde e ao crescimento são naturais e inerentes ao organismo. Baseado em sua própria experiência clínica, Rogers conclui que os indivíduos têm a capacidade de experienciar e de se tomarem conscientes de seus desajustamentos. Isto é, você pode experienciar as incoerências entre seu auto-conceito e suas experiências reais. Esta capacidade que reside em nós é associada a uma tendência subjacente à modificação do auto-conceito, no sentido de estar realmente de acordo com a realidade. Rogers postula, portanto, um movimento natural para a resolução e distante do conflito. Vê o ajustamento não como um estado estático, mas como um processo no qual novas aprendizagens e novas experiências são cuidadosamente assimiladas.
Rogers está convencido de que estas tendências em direção à saúde são facilitadas por qualquer relação interpessoal na qual um dos membros esteja livre o bastante da incongruência para estar em contato com seu próprio centro de auto-correção. A maior tarefa da terapia é estabelecer tal relacionamento genuíno. Aceitar-se a si mesmo é um pré-requisito para uma aceitação mais fácil e genuína dos outros. Em compensação, ser aceito por outro conduz a uma vontade cada vez maior de aceitar-se a si próprio. Este ciclo de auto-correção e auto-incentivo é a forma principal pela qual se minimiza ns obstáculos ao crescimento psicológico.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Tendência a auto-atualização

Há um aspecto básico da natureza humana que leva uma pessoa em direção a uma maior congruência e a um funcionamento realista. Além disso, este impulso não é limitado aos seres humanos; é parte do processo de todas as coisas vivas. É este impulso que é evidente em toda vida humana e orgânica, expandir-se, estender-se, tornar-se autônomo, desenvolver-se, amadurecer a tendência a expressar e ativar todas as capacidades do organismo na medida em que tal ativação valoriza o organismo ou o Self.
Rogers sugere que em cada um de nós há um impulso inerente em direção a sermos competentes e capazes quanto o que estamos aptos a ser biologicamente. Assim como uma planta tenta tornar-se saudável, como uma semente contém dentro de si impulso para se tomar uma árvore, também uma pessoa é impelida a se tomar uma pessoa total, completa e auto-atualizada.
O impulso em direção à saúde não é uma força esmagadora que super., obstáculos ao longo da vida; pelo contrário, é facilmente embotado, distorcido e reprimido. Rogers o vê como a força motivadora dominante numa pessoa que está funcionando de modo livre, não paralisada por eventos passados ou por crenças correntes que mantinham a incongruência. Maslow chegou a conclusões semelhantes; chamava esta tendência de uma voz interna e fraca que é facilmente abafada. A suposição de que o crescimento é possível e central para o projeto do organismo é crucial para o restante do pensamento de Rogers.
Para Rogers, a tendência à auto-atualização não é simplesmente mais um motivo. É importante observar que esta tendência atualizante é o postulado fundamental da teoria rogeriana.

domingo, 7 de agosto de 2011

Como se manifesta a Depressão?


Tratamento da Depressão em Campinas.
Saber como, exatamente, a pessoa apresenta sua depressão é uma questão complicada. Como dissemos, as manifestações depressivas são muito variadas e extremamente dependentes da personalidade de cada um.
Mas uma coisa é certa; a Depressão costuma estar junto com a maioria dos transtornos emocionais, ora aparecendo como um sintoma de determinado estado emocional, ora apenas coexistindo com quadros ansiosos, outras vezes como causa de determinados transtornos. Em muitas situações psíquicas a Depressão se encontra presente, às vezes de forma típica outras vezes dissimulada.
A Depressão aparece como um sintoma associado e impregnando todo o viver dos pacientes emocionais em geral, tanto sob sua forma típica, com tristeza, choro, desinteresse, etc, quanto em sua for ma atípica, com somatizações, pânico, ansiedade, fobia, obsessões.
De qualquer forma, o que encontramos mais freqüentemente nos distúrbios depressivos são os sintomas atrelados a essa afetividade alterada. Normalmente os sintomas afetivos não proporcionam prejuízo significativo da crítica mas, apesar do juízo crítico estar conservado, as vivências do deprimido terão representação alterada (veja o capítulo sobre a Representação do Objeto), serão suportadas com grande sofrimento e com perspectivas pessimistas.
Assim sendo, a interpretação e valorização afetiva da realidade podem ter seu caráter alterado, de acordo com a intensidade da Depressão: a pessoa deprimida poderá simplesmente apresentar idéias falsas sobre a realidade, nos casos mais leves ou, nos casos mais graves, poderá desenvolver delírio franco sobre a realidade.
Em sua forma típica e clássica a manifestação da depressão depende sempre da maneira (quadro clínico, freqüência, intensidade) com a qual se manifesta o chamado Episódio Depressivo. Assim sendo, estudando o Episódio Depressivo entenderemos as manifestações clínicas de todas as depressões típicas. Enfatizando sempre o termo "típico".
Apesar de não ser bem o propósito de essa obra classificar doenças, estando mais preocupados em fazer entender as emoções, mesmo assim vamos dar uma pincelada em alguns aspectos classificatórios importantes para o entendimento global.
Saber se o estado depressivo é Leve, Moderado ou Grave é apenas uma questão da intensidade com que se apresenta o Episódio Depressivo. Saber se esse estado depressivo é uma ocorrência única na vida da pessoa ou se é repetitivo, dependerá da freqüência com que os Episódios Depressivos se apresentam. Saber se o Transtorno Afetivo em pauta é simplesmente um quadro depressivo ou se é bipolar, dependerá do fato dos Episódios Depressivos serem a única ocorrência afetiva ou se coexistem com episódios de euforia. Enfim, como se vê, estudando o Episódio Depressivo, sua intensidade, freqüência e apresentação, podemos classificar o tipo de Transtorno Afetivo.
Devido ao fato dos estados depressivos se acompanharem, com assiduidade, de sintomas somáticos, a existência ou não destes sintomas também acaba fazendo parte da classificação. Da mesma forma, a presença concomitante ao Episódio Depressivo com sintomas psicóticos determinará diferentes classificações.
Cumprindo apenas um propósito acadêmico, e aproveitando para mostrar que a classificação dos Transtornos Afetivos (ou do Humor) é relativamente fácil, relacionamos abaixo a classificação formal, de acordo com a CID.10 (Classificação Internacional das Doenças). 
Tratamento da Depressão em Campinas, utilizo a psicoterapia, hipnose e terapia da regressão.

O sintomas da depressão.


Tratamento da depressão em Campinas.
Os sintomatologia depressiva muito variada e muito diferente entre as diferentes pessoas. Por isso a psicopatologia recomenda como válido a existência de apenas três sintomas depressivos básicos e suficientes para sua detecção, no entanto, estes sintomas básicos darão origem à infinitas manifestações desta alteração afetiva.
Trata-se, esta tríade, da:
1 Inibição Psíquica,
2 do Estreitamento do Campo Vivencial
3- do Sofrimento Moral.
Compete à sensibilidade do observador, relacionar um sentimento, um comportamento, um pensamento ou um determinado sintoma como sendo a apresentação pessoal e individual de um desses três sintomas básicos, tradução esta adequada a disposição pessoal da personalidade de cada um.
Em crianças e adolescentes, por exemplo, o humor pode ser irritável ao invés de triste. O adulto deprimido também pode experimentar sintomas adicionais durante a Depressão. Estes incluem alterações no apetite ou peso, alterações do sono e da atividade psicomotora; diminuição da energia; sentimentos de desvalia ou culpa; dificuldade para pensar, concentrar-se ou tomar decisões, ou pensamentos recorrentes sobre morte ou ideação suicida, planos ou tentativas de suicídio.
De qualquer forma, a Depressão deve ser acompanhada por sofrimento ou prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, profissional ou outras áreas importantes da vida do indivíduo. Para algumas pessoas com Depressão mais leves, o funcionamento pode parecer normal, mas exige um esforço acentuadamente aumentado. O estado depressivo freqüentemente é descrito pela pessoa com sentimentos de tristeza, desesperança, falta de coragem ou como estando "na fossa" (DSM.IV).
Delírio Depressivo. Embora o juízo crítico possa estar conservado no paciente deprimido, suas vivências são suportadas com muito sofrimento e pessimismo.
A interpretação da realidade assume caráter alterado, de acordo com a intensidade da Depressão: poderá simplesmente se apresentar como idéias falsas, nos casos mais leves ou, nos casos mais graves como delírio franco.
Acontece que, para diferenciar o delírio da depressão do delírio da esquizofrenia, chama-se Idéia Deliróide quando o delírio é secundário à depressão e Delírio Primário, quando for da esquizofrenia.
Em alguns casos, a tristeza pode ser negada de início, mas subseqüentemente pode ser revelada pela entrevista, por exemplo, quando a pessoa chora durante a consulta ou pela fisionomia aborrecida e entristecida.
Outras pessoas, entretanto, podem se queixar de se sentirem indiferentes, apáticos ou ansiosos ou, ainda, podem referir queixas somáticas sem correspondência clínica mais do que sentimentos de tristeza.
Muitos referem ou demonstram irritabilidade aumentada, tendência para responder a eventos com ataques de ira ou culpando outros, ou um sentimento exagerado de frustração por questões menores.
Sofrimento Moral (auto-estima baixa)
O Sofrimento Moral, ou sentimento de menos-valia, é um fenômeno marcante e desagradável na trajetória depressiva. Trata-se de um sentimento de autodepreciação, auto-acusação, inferioridade, incompetência,
pecaminosidade, culpa, rejeição, feiúra, fraqueza, fragilidade e mais um sem-número de adjetivos pejorativos.
Dependendo do grau da depressão, o Sofrimento Moral aparece em graus variados, desde uma sutil sensação de inferioridade até profundos sentimentos depreciativos. Outro fator que complica o diagnóstico é o fato do Sofrimento Moral nem sempre ser consciente e claro à pessoa que o sente. Muitas vezes a pessoa com baixa auto-estima recorre a mecanismos de defesa que ofuscam seus verdadeiros sentimentos.
Por exemplo, nas pessoas com importante traço de irritabilidade e agressividade na personalidade, o sentimento de baixa auto-estima se manifesta com agressividade, com comportamentos de superioridade ostensiva, com dificuldades gritantes em lidar com as frustrações, com as filas, com ter de esperar, enfim, são pessoas que manifestam essa sensação de estarem sendo "agredidas" de alguma forma, portanto, revidam com mais agressividade.
Em pessoas naturalmente retraídas e introvertidas, a baixa auto-estima se faz sentir com mais retraimento ainda, com mutismo e quietude preocupante, com isolamento e extrema dificuldade em expor sentimentos. Por isso, muitas vezes, "preferem" a manifestação somática dessas emoções.
Em pessoas de personalidade ansiosa a baixa auto-estima faz com que os outros (notadamente, a opinião dos outros) pareçam inimigos em potencial, capazes que são de depreciar, de julgar, de avaliar...
Portanto, nada mais sensato que apresentarem, esses pacientes, quadros fóbicos sociais, evitação, sintomas autossômicos quando diante de outras pessoas, e assim por diante.
Quando a Depressão adquire características muito graves e psicóticas, o Sofrimento Moral pode ser aparecer sob a forma de delírio. Nesse caso seria o delírio humor congruente. Um judeu, psicótico depressivo, durante uma de suas crises de depressão profunda apresentava um pensamento francamente delirante, o qual dava-lhe a certeza de ter parte de seu cérebro apodrecido. Outrossim, julgava-se culpado por ter ingerido, contra sua crença religiosa, carne suína há mais de 15 anos. Uma espécie de punição divina aplicada ao pecador incauto.
O prejuízo da autoestima proporcionado pela Depressão Grave ou Psicótica, pode ainda determinar uma ideação claramente paranóide, onde a culpa adquire uma posição destacada. Para fins de diagnóstico, deve-se ter em mente que nas psicoses esquizofrênicas, onde freqüentemente aparece a ideação paranóide, a autoestima não se encontra perturbada como nos estados depressivos psicóticos. Esta observação pode auxiliar o diagnóstico diferencial entre uma depressão com sintomatologia psicótica (ideação deliróide) e uma psicose esquizofrênica (com delírios).
O Sofrimento Moral deve ainda ser considerado o maior responsável pelo desfecho suicida das depressões severas. Aparece como uma prova doentia da incompetência do ser, de seu fracasso diante da vida e de sua falência existencial. Enquanto nos estados eufóricos a autoestima se encontra patologicamente elevada e as idéias de grandeza proporcionam uma aprazível sensação de bem-estar, na Depressão a pessoa se coloca numa das posições mais inferiores entre seus semelhantes.
Organicamente, uma pessoa com Sofrimento Moral, portanto, com tendência a autodepreciar-se em todos os sentidos, pode entender uma simples dor de estômago como prenúncios de um câncer gástrico, uma tontura trivial com indícios de um derrame iminente, uma tosse frugal como sugestiva de câncer de pulmão ou tuberculose, uma simples gripe como sinal de AIDS, etc.

A Inibição global do organismo é um dos sintomas básicos da Depressão e se manifesta como uma espécie de freio ou lentificação dos processos físicos e psíquicos em sua globalidade, uma lassidão e lerdeza generalizada de toda a atividade corpórea. Em graus variáveis, esta inibição geral torna o indivíduo apático, desinteressado, lerdo, desmotivado, com dificuldade em suportar tarefas elementares do cotidiano e com grande perda na capacidade em tomar iniciativas.
Os campos da consciência e da motivação estão seriamente comprometidos, advindo daí a dificuldade em manter um bom nível de memória, de rendimento intelectual, da atividade sexual e até da agressividade necessária para tocar adiante o dia-a-dia. Percebemos os reflexos desta Inibição Global em várias áreas da atividade da pessoa, inclusive na diminuição da atividade motora e até na própria expressão da mímica, fazendo com que o paciente tenha aparência de abatimento e de desinteresse.
A Inibição Global tem sido a responsável pelo longo itinerário que muitos pacientes percorrem antes de se acertarem com um tratamento psíquico. A primeira idéia que os pacientes deprimidos têm, estimulados também pela família, é que seu mal estar pode resultar de alguma anemia, fraqueza, problema circulatório..., depois passam a tratamentos alternativos de macrobiótica, yoga, tai-chi-chuam..., submetem-se a tediosos a passeios de gosto duvidoso, levados por amigos bem intencionados e, muitas vezes, consultam até um neurologista. Este ponto costuma ser o mais próximo que chegam do aparelho psíquico e, normalmente, a causa psíquica é a última a ser questionada, embora seja a primeira que se faz sentir.
As pessoas que rodeiam o paciente com Inibição Global são solícitas em lembrá-lo de que a vida é boa, ressaltam que nada lhes falta, que gozam de saúde, que não são ricos mas tem gente em pior situação, que pertencem a uma família decente e compreensiva... O paciente, por outro lado, não sendo um retardado mental, sabe de tudo isso e as palavras estimulantes apenas aumentam sua perplexidade, sua culpa e seu aborrecimento consigo próprio.
A Inibição Global é secundária à Depressão, é um sintoma decorrente da Depressão e não uma doença que corrompe o juízo crítico, tornando os pacientes completamente desorientados em relação às condições de sua vida ou de sua família.
Outro conceito importantíssimo, é que a Inibição Global é conseqüência da depressão e não o contrário. Essa colocação é importante porque, comumente, o público leigo costuma recomendar à pessoa deprimida para que se esforce e se mobilize para melhorar da depressão, quando na realidade seria o contrário, ou seja, deve melhorar da depressão (tratar) para mobilizar-se normalmente e sem ninguém para pedir.

Estreitamento Vivencial é a expressão mais adequada para representar a perda progressiva da pessoa deprimida em sentir prazer. A palavra para designar o ponto mais alto desse fenômeno de perda do prazer é Anedonia, ou seja, a incapacidade em sentir prazer por todas as coisas. No Estreitamento Vivencial o universo de interesses e de prazeres pelas coisas da vida vai sendo cada vez menor e mais restrito.
De fato, o interesse humano está indissoluvelmente ligado ao prazer; interessamos-nos por aquilo quer nos dá prazer, por aquilo com o qual temos alguma ligação afetiva. Em situações normais a pessoa abre para si um leque de interesses: interesse pelas notícias, pelos esportes, pela companhia de amigos e pessoas queridas, pelo conhecimento em geral, pelos passeios, pelas novidades, pelas compras, pelas artes, pelos filmes, pela comida, pelas revistas e jornais, enfim, cada pessoa nutre um rol de interesses pessoais, evidentemente, interesses por coisas que lhe dão prazer.
Pois bem. No Estreitamento Vivencial da depressão esse leque de interesses vai se fechando, aparecendo progressivamente um desinteresse e desencanto pelas coisas. Há um momento onde a preocupação com o próprio sofrimento toma conta de todo interesse vivencial do deprimido.
Não há ânimo suficiente para admirar um dia bonito, para se interessar na realização ocupacional, para degustar uma boa bebida, para deleitar-se com um filme interessante, para sorver uma boa companhia, para incrementar a discoteca, visitar um amigo...
No rol de ocupações do deprimido com Estreitamento Vivencial acaba só existindo a preocupação consigo próprio e com sua dor. Nada mais lhe dá prazer, nada mais pode motivá-lo. Neste caso, o leque do campo vivencial fica tão estreito que só cabe nele o próprio paciente com sua depressão, o restante de tudo que a vida pode oferecer não interessa mais, a própria vida parece não interessar mais.
Enquanto a Inibição Global pode ser entendida como um aspecto exterior do relacionamento do indivíduo com o mundo, como uma espécie de prejuízo em sua performance, em seu rendimento pessoal e de relacionamento com as coisas, o Estreitamento Vivencial, por sua vez, denota uma alteração mais interior, um prejuízo nas impressões que o mundo e a vida causam no sujeito.
Um é centrífugo o outro centrípeto. Na Inibição Global as coisas são feitas com dificuldade e lerdeza, com maior esforço físico e mental. No Estreitamento Vivencial as coisas nem sequer serão feitas. 
Tratamento da depressão em Campinas, utilizo psicoterapia, hipnose e terapia da regressão.

O que é Depressão?


Tratamento da depressão em Campinas.
A tristeza é dos sentimentos humanos o mais doloroso. Todos nós tomamos contacto com ela em algum momento de nossas vidas. A tristeza passageira, a "fossa" ou "baixo-astral", o "estar down" fazem parte da vida, e são superados após algum tempo. O luto, após a perda de um ente querido, manifesta-se por um sentimento de tristeza e vazio e também é superado com o correr do tempo. Devem-se distinguir a tristeza e o luto normais da depressão.
A depressão é uma doença, que se caracteriza por uma tristeza profunda e duradoura, além de outros sintomas e que dispõe hoje de tratamentos modernos para alívio do sofrimento que acarreta. A depressão é uma doença bastante comum. A cada ano, uma em cada vinte pessoas apresenta depressão. As chances de alguém ter uma depressão ao longo da vida são de cerca de 15%. Ela se manifesta mais freqüentemente no adulto, embora possa ocorrer em qualquer faixa de idade, da criança ao idoso. É mais freqüente nas mulheres do que nos homens.
É muito importante que as pessoas saibam perceber a depressão para poder procurar ajuda especializada e tratamento. A pessoa sente uma tristeza intensa, que não consegue vencer. Ela pode achar que isso é uma "fraqueza de caráter" e tem vergonha de pedir ajuda, ou então não sabe que se trata de uma doença como outra qualquer, passível de tratamento com grandes chances de sucesso.
Os principais sintomas da depressão são: tristeza profunda e duradoura (em geral mais que duas semanas), perda do interesse ou prazer em atividades que antes eram apreciadas, sensação de vazio, falta de energia, apatia, desânimo, falta de vontade para realizar tarefas, perda da esperança, pensamentos negativos, pessimistas, de culpa ou auto-desvalorização.
Além desses, a pessoa pode ter dificuldade para concentrar-se, não dorme bem, tem perda do apetite, ansiedade e queixas físicas vagas (desconforto gástrico, dor de cabeça, entre outras).
Em casos mais graves podem ocorrer idéias de morte e suicídio, havendo até pessoas que tentam o suicídio. A depressão é freqüentemente uma doença recorrente, a pessoa tem episódios de depressão que se repetem de tempos em tempos.
A causa da depressão não é conhecida. Sabe-se que vários fatores biológicos e psicológicos podem contribuir para seu aparecimento. Em algumas pessoas a hereditariedade tem um peso importante, outros parentes também apresentam depressão. Com muita freqüência a depressão começa após alguma situação de estresse ou conflito e depois persiste, mesmo após a superação da dificuldade. 
Tratamento da depressão em Campinas, utilizo psicoterapia, hipnose e terapia da regressão.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Congruência e incongruência

Congruência é definida como o grau de exatidão entre a experiência da comunicação e a tomada de consciência. Ela se relaciona às discrepâncias entre experienciar e tomar consciência. Um alto grau da congruência significa que a comunicação (o que se está expressando), a experiência (o que está ocorrendo em nosso campo) e a tomada de consciência (o que se está percebendo) são todas semelhantes. Nossas observações e as de um observador externo seriam consistentes.
Crianças pequenas exibem alta congruência. Expressam seus sentimentos logo que seja possível com o seu ser total. Quando uma criança tem fome ela toda está com fome, neste exato momento! Quando uma criança sente amor ou raiva, ela expressa plenamente essas emoções. Isto pode justificar a rapidez com que a criança substitui um estado emocional por outro. A expressão total de seus sentimentos permite que elas liquidem a bagagem emocional que não foi expressa em experiências anteriores. A congruência é bem descrita por um Zen-budista ao dizer: "Quando tenho fome, como; quando estou cansado, sento-me; quando estou com sono, durmo".
A incongruência ocorre quando há diferenças entre a tomada de consciência, a experiência e a comunicação desta. As pessoas que parecem estar com raiva (punhos cerrados, tom de voz elevado, praguejando) e que replicam que de forma alguma estão com raiva, se interpeladas, ou as pessoas que dizem estar passando por um período maravilhoso mas que se mostram entediadas, isoladas ou facilmente doentes, estão revelando incongruência. É definida não só como inabilidade de perceber com precisão mas também como inabilidade ou incapacidade de comunicação precisa. Quando a incongruência está entre a tomada de consciência e a experiência, é chamada repressão. A pessoa simplesmente não tem consciência do que está fazendo. A maioria das psicoterapias trabalha sobre este sintoma de incongruência ajudando as pessoas a se tomarem mais conscientes de suas ações, pensamentos e atitudes na medida em que estes as afetam e aos outros.
Quando a incongruência é uma discrepância entre a tomada de consciência e a comunicação a pessoa não expressa o que está realmente sentindo, pensando ou experienciando. Este tipo de incongruência é muitas vezes percebido como mentiroso, inautêntico ou desonesto. Muitas vezes esses comportamentos tomam-se foco de discussões em terapias de grupo ou em grupos de encontro. Embora tais comportamentos pareçam ser realizados com malícia, terapeutas e treinadores relatam que a ausência de congruência social, aparente falta de boa vontade em comunicar-se, é com freqüência, uma falta de autocontrole e consciência pessoal. A pessoa não é capaz de expressar suas emoções e percepções reais em virtude do medo e de velhos hábitos de encobrimento que são difíceis de superar. Por outro lado, é possível que a pessoa tenha dificuldade em compreender o que os outros esperam dela.
A incongruência pode ser sentida como tensão, ansiedade ou, em circunstâncias mais extremas, como confusão interna. Um paciente internado em hospital psiquiátrico que declara não saber onde está, em que hospital, qual a hora do dia, ou mesmo quem ele é, está exibindo alto grau de incongruência. A discrepância entre a realidade externa e aquilo que ele está subjetivamente experienciando tomou-se tão grande que ele não é capaz de atuar. A maioria dos sintomas descritos na Literatura psiquiátrica pode ser vistos como formas de incongruência. Para Rogers, a forma particular de distúrbio é menos crítica do que o reconhecimento de que há uma incongruência que exige uma solução.
A incongruência é visível em observações como, por exemplo, "não sou capaz de tomar decisões", "não sei o que quero", "nunca serei capaz de persistir em algo", A confusão aparece quando você não é capaz de escolher dentre os diferentes estímulos aos quais se acha exposto. Considere o caso de um cliente que relata: "Minha mãe pede-me que cuide dela, é o mínimo que posso fazer. Minha namorada recomenda que eu me mantenha firme para não ser puxado de todo lado. Penso que sou muito bom para minha mãe, mais do que ela merece. Às vezes a odeio, às vezes a amo. Às vezes é bom estar com ela, às vezes ela me diminui."
O cliente está assediado por estímulos diferentes. Cada um deles é válido e conduz a ações válidas por algum tempo. É difícil diferenciar, dentre estes estímulos, aqueles que são genuínos daqueles que são impostos. 0 problema pode estar em reconhecê-los como diferentes e ser capaz de trabalhar sobre sentimentos diferentes em momentos diferentes. A ambivalência não é Iara ou anormal; não ser capaz de reconhecê-la ou enfrentá-la pode ser uma causa de ansiedade.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Self Ideal

O Self Ideal é o conjunto das características que o indivíduo mais gostaria de poder reclamar como descritivas de si mesmo. Assim como o Self, ele é uma estrutura móvel e variável, que passa por redefinição constante. A extensão da diferença entre o Self e o Self Ideal é um indicador de desconforto, insatisfação e dificuldades neuróticas. Aceitar-se como se é na realidade, e não como se quer ser, é um sinal de saúde mental. Aceitar-se não é resignar-se ou abdicar de si mesmo. É uma forma de estar mais perto da realidade e de seu estado atual. A imagem do Self Ideal, na medida em que se diferencia de modo claro do comportamento e dos valores reais de uma pessoa é um obstáculo ao crescimento pessoal.
Um trecho da história de um caso pode esclarecê-lo. Um estudante estava planejando desligar-se da faculdade. Havia sido o melhor aluno no ginásio e o primeiro no colegial e estava indo muito bem na faculdade. Estava desistindo, explicava, porque havia recebido um "C" num curso. Sua imagem de ter sido sempre o melhor estava em perigo. A única seqüência de ações que ele vislumbrava era escapar, deixar o mundo acadêmico, rejeitar a discrepância entre seu desempenho atual e sua visão ideal de si próprio. Disse que iria trabalhar para ser o "melhor" de alguma outra forma.
Para proteger sua auto-imagem ideal ele desejava cortar pela raiz sua carreira acadêmica. Ele deixou a escola, viajou pelo mundo e, por vários anos, teve uma grande quantidade de empregos originais. Quando foi visto novamente era capaz de discutir a possibilidade de que talvez não fosse necessário ser o melhor desde o começo, mas tinha ainda grandes dificuldades em explorar qualquer atividade na qual pudesse experimentar fracasso.

domingo, 31 de julho de 2011

Self

Dentro do campo de experiência está o Self. O Self não é uma entidade estável, imutável, entretanto, observado num dado momento, parece ser estável. Isto se dá porque congelamos uma secção da experiência a fim de observá-la. Rogers concluiu que a idéia do eu não representa uma acumulação de inumeráveis aprendizagens e condicionamentos efetuados na mesma direção.... Essencialmente é uma gestalt cuja significação vivida é suscetível de mudar sensivelmente (e até mesmo sofrer uma reviravolta) em conseqüência da mudança de qualquer destes elementos. O Self é uma gestalt organizada e consistente num processo constante de formar-se e reformar-se à medida que as situações mudam.
Assim como uma fotografia é uma "parada" de algo que está mudando, da mesma forma o Self não é nenhuma das "fotografias" que tiramos dele, mas o processo fluido subjacente. Outros teóricos usam o termo Self para designar aquela faceta da identidade pessoal que é imutável, estável ou mesmo eterna.
Rogers usa o termo para se referir ao contínuo processo de reconhecimento. É esta diferença, esta ênfase na mudança e na flexibilidade, que fundamenta sua teoria e sua crença de que as pessoas são capazes de crescimento, mudança e desenvolvimento pessoal. O Self ou auto-conceito é a visão que uma pessoa tem de si própria, baseada em experiências passadas, estimulações presentes e expectativas futuras.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

O campo da experiência.

Há um campo de experiência único para cada indivíduo. Este campo de experiência ou "campo fenomenal" contém tudo o que se passa no organismo em qualquer momento, e que está potencialmente disponível à consciência. Inclui eventos, percepções, sensações e impactos dos quais a pessoa não toma consciência, mas poderia tomar se focalizasse a atenção nesses estímulos. É um mundo privativo e pessoal que pode ou não corresponder à realidade objetiva.
De início a atenção é colocada naquilo que a pessoa experimenta como seu mundo, não na realidade comum. O campo de experiência é limitado por restrições psicológicas e limitações biológicas. Temos tendência a dirigir nossa atenção para perigos imediatos, assim como para experiências seguras ou agradáveis, ao invés de aceitar todos os estímulos que nos rodeiam.

domingo, 24 de julho de 2011

Abuso Sexual: feridas que não cicatrizam.


Feridas que não cicatrizam: a neurobiologia do abuso infantil
Maus tratos na infância podem ter efeitos negativos duradouros
por Martin H. Teicher

Tratamento de abuso sexual em campinas.
Está provado. Maus tratos na infância não provocam apenas traumas psicológicos reversíveis. Mas também danos permanentes no desenvolvimento e funções cerebrais. Os hemisférios esquerdos de pessoas vitimadas pela violência desenvolvem-se significativamente menos do que deveriam. Martin H. Teicher, professor de psiquiatria na Escola de Medicina da Universidade de Harvard, explica detalhadamente o processo. 

Em 1994, a polícia de Boston chocou-se ao descobrir um menino de quatro anos de idade, desnutrido e trancado num apartamento imundo de Roxbury, onde vivia em condições pavorosas. Pior, as mãozinhas da criança tinham sido horrivelmente queimadas. Soube-se que a mãe, viciada em drogas, tinha posto as mãos do menino sob a torneira de água fervente para castigá-lo por ter consumido a comida de seu namorado. A criança ferida não tivera nenhum tipo de assistência médica. A história perturbadora chegou rapidamente às manchetes. Adotado, o menino recebeu enxertos de pele para ajudar as mãos machucadas a recuperar suas funções. Mas, embora as feridas físicas da vítima tenham sido tratadas, descobertas recentes indicam que ferimentos infligidos a sua mente em desenvolvimento podem nunca cicatrizar de todo. 

Ainda que seja um exemplo extremo, esse caso notório infelizmente não é incomum. A cada ano, as agências de bem-estar do menor dos EUA recebem mais de três milhões de denúncias de abuso e negligência no trato de crianças, e levantam evidências suficientes para substanciar mais de um milhão de casos.

Não é surpresa para nós que as pesquisas revelem um forte laço entre maus tratos físicos, sexuais e emocionais e o desenvolvimento de problemas psiquiátricos. Mas, até o início dos anos 90, profissionais da área de saúde mental acreditavam que as dificuldades emocionais e sociais ocorriam principalmente por meios psicológicos. Os maus tratos na infância eram vistos como causadores do desenvolvimento de mecanismos de defesa intra-psíquicos, responsáveis pelo fracasso do indivíduo na idade adulta. Ou como paralisadores do desenvolvimento psicossocial, mantendo a vítima presa à condição de “criança ferida” . Os pesquisadores achavam que os danos eram basicamente um problema de software, tratáveis com uma reprogramação via terapia, ou que podiam simplesmente ser apagados com exortações do tipo “esqueça” ou “supere”.

Novas investigações sobre as conseqüências dos maus tratos na infância, incluindo o trabalho que meus colegas e eu fizemos no McLean Hospital em Belmont, Massachusetts, e na Harvard Medical School, parecem contar uma história diferente. Como o abuso infantil ocorre durante o período formativo crítico em que o cérebro está sendo fisicamente esculpido pela experiência, o impacto do extremo estresse pode deixar uma marca indelével em sua estrutura e função. Tais abusos, parece, induzem a uma cascata de efeitos moleculares e neurobiológicos, que alteram de modo irreversível o desenvolvimento neuronal.


O efeito do abuso infantil pode manifestar-se de várias formas, em qualquer idade. Internamente, pode aparecer como depressão, ansiedade, pensamentos suicidas ou estresse pós-traumático; pode também expressar-se externamente como agressão, impulsividade, delinqüência, hiperatividade ou abuso de substâncias. Uma condição psiquiátrica fortemente associada a maus tratos na infância é o chamado distúrbio de personalidade limítrofe (borderline personality disorder). O indivíduo com essa disfunção tem como característica enxergar os outros em termos de preto ou branco, oito ou oitenta, muitas vezes colocando seus interlocutores num pedestal, para depois transformá-los em vilões, a partir de algo percebido como desfeita ou traição. Aqueles que sofrem desse distúrbio são propensos a explosões de cólera e episódios transitórios de paranóia ou psicose. Eles possuem tipicamente uma história de relações intensas e instáveis, muitas vezes tentam escapar por meio do abuso de substâncias, e apresentam impulsos auto-destrutivos ou suicidas.Tratamento de abuso sexual em Campinas, utilizo psicoterapia, hipnose, terapia da regressão e EMDR. 

Existe felicidade depois dos 40?

Tratamento da Depressão em Campinas.
Chegando aos 40? Aos 50? Com aquele sentimento de que a vida está passando – ou já passou por você? Ou te deixou comendo poeira no caminho? Pois você não está sozinho. Na verdade, uma nova pesquisa mostra que outras pessoas nessa faixa etária no mundo todo – ou pelo menos uma porção significativa delas – compartilham sua dor. Mas não se preocupe: se você respirar fundo e seguir em frente, as coisas vão melhorar depois de passar por esse quebra-molas da estrada da vida chamado “meia idade”. 

Após coletar dados de 2 milhões de pessoas de 80 países diferentes, ao longo de 35 anos, pesquisadores do Dartmouth College em Hanover, nos Estados Unidos, e da University of Warwick em Coventry, na Inglaterra, concluíram que realmente existe um padrão nos níveis de depressão e felicidade relacionado à idade, e que nos deixa mais tristonhos nesse período da vida. 

De acordo com o estudo, que deve ser publicado na revista especializada Social Science & Medicine, a felicidade segue uma curva em “U”: atinge seu nível mais alto no começo e no final da vida, e seu ponto mais baixo na meia idade. 

Os pesquisadores descobriram que o pico de depressão tanto para homens quanto para mulheres no Reino Unido acontece mais ou menos aos 44 anos; nos Estados Unidos, as mulheres ficam deprimidas aos 40 anos, em média, e os homens quando chegam aos 50. Eles encontraram um padrão similar em mais 70 países.
Então, qual seria a raiz desse mergulho na depressão? Os autores do estudo, os economistas Andrew Oswald, da Warwick University, e David Blanchflower, do Dartmouth, ainda não sabem ao certo. Mas especulam que a crise não ocorre por causa de acontecimentos que acabam com a esperança (como o divórcio ou uma demissão), mas porque “alguma coisa acontece lá no fundo” – nas palavras de Oswald –, pois o sentimento não é pontual, mas se apodera das pessoas aos poucos. 

“É claro que algumas pessoas sofrem mais que as outras, mas o efeito mediano é muito disseminado. A crise acomete homens e mulheres, casados e solteiros, pobres e ricos e pessoas com filhos ou não”, afirma Oswald. “Ninguém sabe ainda o porquê dessa consistência.” 

“A causa da curva em U, e de formato similar em partes diferentes do mundo desenvolvido e em desenvolvimento, também é desconhecida. No entanto, uma possibilidade é a de que as pessoas aprendem a se adaptar aos seus pontos fortes e fracos, e na meia idade suprimem suas aspirações mais impossíveis”, ele nota. “A segunda possibilidade é a de que pessoas mais alegres sistematicamente vivem mais. Uma terceira é que acontece um tipo de processo de comparação, no qual as pessoas que já viram gente de sua idade morrer passam a dar mais valor ao tempo que ainda têm de vida. Talvez as pessoas aprendam, de alguma forma, a apreciar o que já viveram de bom.” 

A boa notícia é que os dados mostram que a maioria das pessoas emerge desse poço de melancolia aos 55 anos, mais ou menos. E “aos 70 anos, se ainda estiver bem fisicamente, então você será, em média, tão feliz e mentalmente saudável quando um jovenzinho de 20 anos”, garante Oswald. “Talvez, perceber que esses sentimentos são completamente normais na meia idade pode até ajudar as pessoas a sobreviverem melhor a essa fase”. 

Mas fique sabendo que nem todo mundo concorda. Outros estudos têm mostrado curvas similares em muitos países, mas há exceções: em alguns países, as pessoas de meia idade são simplesmente felizes. Na verdade, chegar a essa idade em algumas partes do mundo é considerado motivo de orgulho (imagine só!). Mas se você não é um desses quarentões animados, lembre-se: hoje tudo pode parecer muito pior, mas não vai demorar muito para chegar aos 55 – e na crista da onda.

Tratamento da Depressão em Campinas, utilizo a psicoterapia, hipnose e terapia da regressão.

Depressão pode ser agravada pelo estresse.


Tratamento da depressão em Campinas.
A depressão é uma doença séria que provoca diversos sintomas físicos e emocionais. Além do 
isolamento social e da queda brusca na qualidade de vida, quando não tratada a doença pode desencadear problemas como diabetes e hipertensão, entre outras doenças, já que organismo torna-se vulnerável. “Insônia, apatia, pessimismo, irritabilidade, pensamentos negativos, tristeza sem motivo, falta de interesse e motivação, perda de peso e apetite, diminuição do desejo sexual, dores vagas e difusas sem motivo aparente são os sinais mais comuns relacionados à doença”, explica o psiquiatra Acioly Lacerda, do Instituto Sinapse de Neurociências Clínicas.

Os sintomas, muitas vezes, passam despercebidos pela família, que desconhece a gravidade da doença e as conseqüências negativas geradas pela falta de tratamento. Daí começa a famosa fase de cobranças, como culpar o paciente por falta de força de vontade, de garra, e até o julgamento dessa apatia como tentativa de chamar atenção para si.

Outro agravante no diagnóstico e cura é o preconceito dos familiares, sociedade e até mesmo de alguns pacientes que relutam em procurar ajuda médica por vergonha. “Muitos ainda consideram a depressão uma fraqueza ou estado de loucura, e o psiquiatra apenas um médico para tratar insanidades. Alguns pacientes, principalmente homens, escondem até mesmo que estão sendo tratados”, afirma o psiquiatra.
Questões genéticas, bioquímicas ou hormonais fazem com que a pessoa com depressão, geralmente, se sinta muito insegura e indecisa, por isso o papel da família é indispensável, pois alguém próximo acaba tomando as decisões pelo paciente, inclusive para iniciar o tratamento. A depressão não é sinal de personalidade fraca ou caráter débil, mas uma doença sistêmica que afeta todo o organismo. “A participação do médico e da família no tratamento é fundamental”, avalia Lacerda.

A causa da doença ainda é desconhecida, mas uma das teorias mais aceitas é que a depressão é conseqüência de uma disfunção no sistema nervoso central, que diminui e desequilibra as concentrações de dois neurotransmissores (a serotonina e a noradrenalina). Estes neurotransmissores são responsáveis pelo aparecimento dos sintomas físicos e emocionais da depressão. 

Apesar do difícil diagnóstico e da gravidade da doença, existem tratamentos eficazes atualmente. Os mais comuns envolvem psicoterapia e medicamentos e, para que haja o desaparecimento completo dos sintomas, é preciso que seja aplicado um tratamento completo. Um dos mais recentes antidepressivos, a duloxetina, tem dupla ação, aumentando e balanceando os níveis de serotonina e noradrenalina no cérebro. Por isso, atua sobre os sintomas emocionais (tristeza, ansiedade, humor depressivo, perda do interesse, ideação suicida) e físicos (fadiga, perda de energia, alteração de peso e sono, dores de cabeça, nas costas, no pescoço, entre outras) da doença, proporcionando significativa melhora na qualidade de vida do paciente. 

Os pacientes com depressão devem também ser encorajados a modificar seus hábitos diários: realizar atividades físicas regulares, manter um período satisfatório de sono diário, ter uma boa alimentação e evitar o uso de substâncias como anorexígenos, álcool e tabaco.

Tratamento da depressão em Campinas, utilizo a psicoterapia, hipnose e terapia da regressão.

Saiba mais sobre a gagueira.

Tratamento para gagueira em Campinas.
A população em geral dispõe de pouco conhecimento sobre o problema da disfluência, comumente conhecido como “gagueira”. Desta forma, a pessoa que gagueja acaba sofrendo preconceito na hora de buscar uma colocação profissional, em uma entrevista de emprego, no ambiente de trabalho ou em seu ambiente de convívio familiar e social. 

“O gago é sempre motivo de piada e brincadeiras e, muitas vezes, não é levado a sério, por causa de dificuldade de fala”.

Ao contrário do que muita gente acredita, a gagueira não é “contagiosa”. Portanto, não é transmitida pelo convívio com pessoas que gaguejam. Estudos científicos mostram que a gagueira tem um caráter genético. Dessa forma, nos casos de herança genética, pessoas da mesma família, de diferentes gerações, podem manifestar gagueira.

Até o momento não se conhece cura para a gagueira, no sentido de eliminar o caráter genético e/ou orgânico envolvido. O que existe são diferentes linhas de tratamento para melhorar a fala, e reduzir os sintomas, caracterizados por repetições, prolongamentos, pausas, bloqueios e outros problemas. O tratamento mais adequado para a gagueira é o fonoaudiológico.

Atualmente, a tecnologia é uma grande aliada no tratamento de algumas pessoas que gaguejam. Alguns aparelhos têm mostrado excelentes resultados na promoção de fluência da fala. Já existem no mercado produtos para tratamento da gagueira, como o SpeechEasy.

O aparelho age no cérebro desencadeando o efeito coro ─ um fenômeno natural que reduz a gagueira. O efeito coro é um fenômeno natural que ocorre quando uma pessoa que gagueja fala ou lê ao mesmo tempo em que outra pessoa, reduzindo a gagueira. Por fazer a voz do usuário alcançar o cérebro com um ligeiro atraso e com um tom diferente, o aparelho fornece a sensação da pessoa estar falando ao mesmo tempo em que a outra, desencadeando o efeito coro, que reduz a gagueira.

É uma opção de tratamento importante, uma vez que pode ser de grande auxílio em situações agravantes como reuniões e apresentações em público. É um tratamento possível, que une tecnologia avançada e conforto para a pessoa que gagueja, mas deve ser utilizado em combinação com tratamento psicológico especializado para que seu benefício seja otimizado. 

A fala se desenvolve principalmente nos três primeiros anos de vida. Entre os dois e os seis anos, é comum a criança apresentar dificuldade em falar algumas palavras ou alguns sons mais difíceis. Nesse período de aquisição de linguagem, a criança pode gaguejar, por estar em plena fase de aprendizagem da língua e por ainda não ter certeza de como pronunciar determinados sons. Nesses casos, pode haver a remissão espontânea da gagueira, quando o processo de aprendizagem se completa. Porém, a gagueira pode evoluir e se manifestar de diversas formas e intensidades entre as pessoas e em diferentes períodos da vida de uma mesma pessoa. 

A gagueira costuma oscilar entre períodos de maior ou menor fluência. Caso a disfluência comece a ficar mais frequente, recomenda-se avaliação e tratamento ou acompanhamento fonoaudiológico. Quanto mais cedo o tratamento for iniciado, melhores serão os benefícios da terapia.

O distúrbio de fala facilmente notado. Como estamos em uma sociedade em que a comunicação verbal fluente é importante e comumente associada à inteligência, competência e domínio em relação a um determinado assunto, uma pessoa disfluente pode ser vista como ansiosa, incompetente e até com problemas emocionais. 
É comum as pessoas não terem paciência para escutar o gago, interferindo na sua fala ou até mesmo completando o que acredita que o disfluente iria falar. Muitas pessoas que gaguejam relatam histórias em que aceitaram alguma coisa que não desejavam apenas para não estenderem a situação desconfortável.

Em se tratando de um distúrbio que não afeta a inteligência nem outras habilidades do indivíduo, a gagueira não deve impedir que a pessoa que gagueja trabalhe, estude e seja bem sucedida profissional e pessoalmente.

Por outro lado, algumas pessoas que gaguejam encaram a sua disfluência de outra forma e acabam por “usá-la” a seu favor no seu grupo de amigos ou com a família, tornando-se o centro das atenções, por meio de brincadeiras e piadas. A forma como a gagueira interfere na vida social do indivíduo depende muito de como é a personalidade do mesmo e de sua relação com as pessoas.

De acordo com o IBGE, a população brasileira é de 192 milhões de pessoas. Segundo o Instituto Brasileiro de Fluência (IBF), a incidência da gagueira no Brasil é de 5%, ou seja, 9,5 milhões de brasileiros estão passando por um período de gagueira neste momento. Este número é maior que a população da cidade do Rio de Janeiro. A prevalência da gagueira é de 1%, ou seja, 1,9 milhão de brasileiros gagueja há muitos anos de forma crônica. Este número é maior que a população de Curitiba.

Tratamento para a gagueira em campinas utilizo a psicoterapia breve, hipnose, terapia da regressão.